terça-feira, 19 de setembro de 2017

Um aprendizado eterno

Olá, aqui quem digita é Andressa Gohan e desta vez venho babar ovo falar sobre o 2º SINAV – Seminário de Ilustração e Narrativas Visuais, realizado nos dias 02 e 03 de setembro de 2017, no Centro Cultural Sesc Glória um prédio bonito pra kct restaurado lindão, em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Ilustração Editorial (Nupie). O evento contou com uma infraestrutura insana, pois o Centro Cultural está muito bem conservado lustres no teto dignos de Castlevania, possui acessibilidade, bebedouros e banheiros impecáveis e uma climatização ar condicionado modafoka delícia de muita qualidade. O evento foi em homenagem ao chargista Milson Henriques, que faleceu em 2016 após uma luta contra a leucemia.

Ilustração de Lucas Reis Pereira
Olha que vista bonita do 5º andar do prédio





















Apesar do evento contar com temas que a princípio seriam exclusivos para estudantes da área de ilustração/artes, é bem democrático e os tópicos foram apresentados de uma forma bem generalizada, sendo facilmente inteligível ao público em geral. Eu não pude ir aos dois dias disponíveis devido a um marido chato chorando porque ia ficar um domingo inteiro sem minha ilustre presença necessidade de descansar um dia durante a semana, uma vez eu trabalho de segunda a sexta true life todos chora, então escolhi ir no domingo com o coração partido pois sábado também estava do caraleow. A amiga de estúdio e de vida, Cristiane Armezina também esteve presente e juntas enfartamos a cada dica nova fizemos muitas anotações bacanas das dicas repassadas pelos convidados e essa cagona ganhou um print no sorteio que cagada da porr.

Local em que foram realizadas as palestras de grátis

As atrações ficaram direcionadas para Workshops baratíssimos do dia e palestras/mesa redonda, ambos com gente foda padrão humilhation renomados artistas ou pessoas ligadas a área de narrativas visuais. Além disso, durante o período da tarde, rolou uma bônus fase feira de materiais independentes de artistas locais conheci tudo no anime dark, sou fãgirl assumida, pronto falei e seus maravilhosos materiais.

Çocorrro é muito fofo!!!










Trabalhos super ultra mega cutes do Atelier Cafuné http://stellakris.com/cafune e no face: /ateliercafune









Material muito bacana do Thiago Egg, que inclusive este ano está confirmadíssimo na CCXP 2017 com seu projeto lançado no Catarse "Amahoy", nossos mais sinceros votos de sucesso /o/







Felipe Dias, responsável pela arte da HQ




Aqui também foi possível acompanhar o trabalho de Felipe Dias e Cleber Augusto, Hotel Califórnia, uma HQ muito bem feita e que vale a pena manter contato no face /diaspiores para adquirir o seu.








Um material muito bacana também estava disponível da galera do Abraço Radioativo, do casal  com perfil no instagram @cecyand25 e @jalo_oh, honestamente sou apaixonada pelos adesivos deles, são incríveis!





O lindo trabalho do Cadernorama, que dispensa apresentações <3
Com um total de 4 ilustradores, o grupo que compõe o Instituto Fênix mandou super bem nos prints
Obs.: houveram mais expositores, mas somente adicionei quem possuía algum tipo de rede social ou página para acesso me julguem. 

Primeiramente, os artistas que estava na mesa redonda durante a parte da manhã foram Luciano Feijão (ES), André Rocca (SP), Maurício Planel (RJ) e na mediação Arabson Assis (ES). A diversidade do trabalho que cada um possui proporcionou uma grande troca de experiências e um grande aprendizado, dos quais repasso para vocês:


Luciano Feijão: Para pessoas que possuem grande demanda de trabalhos que pedem um prazo muito curto de entrega, utilizar um banco de imagens próprio, de forma a utilizar cada um deles em sistema de montagem nos programas adequados para cada caso (muito eficiente para webtiras, imagens abstratas, etc.);
Ilustra cheia de personalidade de Luciano Feijão
André Rocca: por possuir uma vasta experiência com animação, uma dica repassada foi para quem tem o hábito de utilizar o sketchbook, observar as pessoas com suas individualidades, como a forma que se sentam, como cruzam os braços, forma de andar, enfim, as peculiaridades de cada indivíduo e aplicar ao personagem, para enriquecer a personalidade dele e agregar conteúdo a sua história;

O belíssimo trabalho de André Rocca

Maurício Planel: por mais que o artista possua sua personalidade e preferências, ás vezes acontece de ter um trabalho que não condiz com isso, ocasionado até mesmo uma ruptura destes princípios. Uma condição favorável nestes casos é usar recursos, como a ironia (mensagens subliminares), para realizar o trabalho solicitado. Desta forma, não se perde a personalidade e a opinião do artista e todos os interesses são atendidos. Claro que tudo depende do tipo de trabalho que será apresentado e se o cliente concordará com o resultado final;

A incrível arte de colagens do Maurício

Ponto em comum por eles citados: arte tradicional x arte digital – uma não é melhor nem pior que a outra e não se anulam. Casa uma tem seu espaço e mesmo com toda a modernidade que alcançamos, a arte tradicional continua forte e amada, devido ao seu efeito inesperado e único tipo se cagar, cagou, não tem CRTL+Z.

Pela parte da tarde, a palestra foi ministrada pela capixaba Bebel Abreu e diferente dos anteriores, não é Ilustradora, mas sempre participa de eventos ligados á este meio, motivo que fez com que criasse (em parceria com a irmã) o Mandacaru, estúdio independente de produção cultural e comunicação, além do Bebel Books, uma editora independente. Devido a isso, apresentou o nicho do mercado artístico e que tudo é possível de se fazer, mesmo com baixo orçamento, desde que se tenha um bom planejamento, muito trabalho e boas pessoas para apoiar suas ideias. Sua carreira começou de forma despretensiosa e ganhou muitos dinheiros fama por uma publicação conhecida como “Suruba para colorir”, em que reúne artistas com ilustrações muito divertidas sobre o tema e tive o prazer opa de verificar a qualidade das potarias do trabalho gráfico apresentado, sem dúvidas uma verdadeira obra de arte sério, sem sacanagem, ou seria com? Agora não sei mais, embolou aqui que inclusive rendeu publicações desta obra em alguns países da Europa e nos Estados Unidos. Nas palavras dela, “sacanagem vende, gente. Podem investir em sacanagem no Brasil que dá certo” rendendo muitos risos e descontração (melhor definição, sério) durante sua troca de experiências com o público presente no SINAV. Outra dica de ouro é se empenhar em utilizar eventos para venda de trabalhos artísticos. Não tem um? Promova o seu, claro, em parceria com outras pessoas cujo público alvo possa se interessar no seu tema, inserindo estúdios de tatuagem, food trucks, ONG’s, livrarias, papelarias, sex shop, não pera, ele não, mas se bem que tenho aquele projeto hentai enfim, o que a sua criatividade e carisma podem proporcionar.

Olha só que dahora essa bagunça toda do ilustrador Flavio Zerloti, feito para o"Suruba para colorir"

As dicas foram incríveis e muito bem explicadas, cada um possui seu próprio estilo e um mercado direcionado a ele, adquirido através de muito esforço e trabalho, além de aprendizado contínuo. É gratificante receber toda essa informação e ver como a humildade de cada um em repassar esse conhecimento faz surgir em nós uma motivação maior. Sinceramente espero que o evento cresça á cada ano e ganhe ainda mais qualidade, pois certamente algo que os capixabas precisam é de eventos bem estruturados para o mercado independente de quadrinhos e ilustração, uma ferida difícil de cicatrizar em uma população carente do mais básico sistema educacional, quem dirá a cultura geek. 

Não esqueça de compartilhar esta matéria nas redes sociais e comenta aqui o que achou se foi ao evento, belê?


Vista bacanuda do centro de Vitória a vista, not me uahsuah

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