quinta-feira, 28 de abril de 2016

Armon Entrevista: Rafael Morato

Opa! Como cêis tão?

Yoo!
Quanto tempo não nos vemos por aqui? Na verdade nem tanto, já que a gente posta semanalmente no site, mas o Armon Entrevista não dá as caras por aqui desde agosto do ano passado! A última entrevista foi com a Lígia Zanella e naquela ocasião tínhamos prometido trazer entrevistas com maior frequência, o que acabou não ocorrendo por inúmeros fatores de falta de tempo, mas dessa vez sim! Vamos tentar retomar de vez o quadro! Já temos umas 3 ou 4 entrevistas engatilhadas e o pioneiro nessa volta é o nosso parceiro, o incrível Rafael Morato!

Figurando como um dos quadrinistas mais populares da antiga UPMangá e hoje um dos mais populares no Smocci, assim como nos sites de leitura online e grupo de quadrinistas independentes, Rafael Morato nos leva a mundos épicos e transcendentes em cada uma de suas histórias, principalmente em sua obra-prima, Virgin Valkyrie! Vamos conhecer um pouco mais desse super artista independente e saber qual é o segredo da sua popularidade! Partiu?


***

Estúdio Armon: Primeiramente obrigado pela presença no retorno do Armo Entrevista. Nós sempre começamos perguntando qual foi o primeiro contato com os quadrinhos. Como foi o seu?
Rafael Morato: Meu primeiro contato foi com Turma da Mônica de Maurício de Souza, eram vendidos de baixo custo e acessível. Depois conheci Homem-Aranha, mas o que me empolgou mesmo foi Neon Genesis Evangelion que na época eu só tinha o volume três e mesmo assim me impressionou. Anos mais tarde eu completei a coleção do NGE.


Armon: De onde surgiu a inspiração para começar a fazer suas próprias histórias?
Rafael: Acho que por causa dos RPGs, são fascinantes! Muito de minhas histórias vem de games desse gênero.

Armon: Como faz para conciliar a vida pessoal e profissional juntamente com os quadrinhos? Trabalha só com ilustração ou tem algum outro serviço?
Rafel: Eu tenho outro serviço. Sou profissional nessa área há muito tempo e estou realizado onde eu cheguei. Desenho só por hobbie mesmo, é como forma de quebrar a rotina.

Armon: Acha que um dia, quadrinista como nós, poderemos viver fazendo o que amamos e receber por isso? Como vê o mercado nacional de quadrinhos?
Rafael: Existe uma grande exigência de reconhecimento circulando de fora do underground no Brasil. Poucos conseguem publicar de forma tradicional seus quadrinhos em editoras e a maioria publica de forma on-line e pior, sem remuneração. Aos poucos as editoras estão olhando para nossos HQs, mas o mercado externo continua sendo a prioridade.


Armon: Sua principal obra é Virgin Valkyrie, que está disponível para leitura online. Antes de falarmos dele, já fez algum outro trabalho? Quais?
Rafael: Fiz alguns amadores, porém não publicados. Sempre fiz HQs como forma de descontração mesmo, sem objetivos. Eis algumas obras:
Fallen Angel;
Wizard;
Daemon;
Lucy (A melhor obra que fiz na vida).

Armon: Nos conte do que se trata Virgin Valkyrie e de onde surgiu a ideia para a criação dessa história.
Rafael: Virgin Valkyrie é uma narrativa das memórias de Lucélia quando ela era uma valquíria no seu passado. Ela narra justamente eventos que mudaram sua vida na qual sua caçada de possessos fora interrompida por inimigos, que ela não tinha apoio de colegas valquíras e a corrupção da igreja conspirando contra ela. Eu tinha essa plataforma em mente, contudo não tinha ambiente adequado. Pensei, a princípio, fazer uma história de fantasia futurística (Parecido com as séries de Final Fantasy atuais). Depois que Joguei Valkyrie Profile me interessei por Terra Média e mitologia nórdica. Construí o enredo em cima dos estudos e conhecimentos sobre essa mitologia.


Armon: Há um tempo, você fez uma versão impressa compilando alguns capítulos de sua série e até comentamos sobre ele no nosso canal. Como foi a experiência de ter seu trabalho em mãos? Deu muito trabalho?
Rafael: Segurá-los em mãos me deixou feliz pra caralho. Não imaginei que um dia faria isso. Foi interessante todo o processo desde os orçamentos até o recolhimento do material. Tive que pesquisar muito, tipo de papel, tamanho, gramatura, modelos de capa. Os preços foram de lascar, porque onde moro os impostos são altos. Fiquei chateado por ter que vender meus HSs com preço acima de até dos HQs vendido por grandes editoras. Apesar ser impresso o HQ é amador ainda.

Armon: Como é o processo de produção das páginas de seus quadrinhos?
Rafael: O roteiro eu penso nos pequenos intervalos da vida, como indo ao trabalho ou no banho. Faço parte da arte desde rascunho até o pré-finalizado num papel. Depois digitalizo e complemento com efeitos e retículas no Photoshop.

Armon: Costuma frequentar feiras de fanzines e conhecer outros artistas pessoalmente? Conte-nos quais são suas experiências nesse quesito.
Rafael: Não muito porque no DF não vi ainda. Sei que tem, mas é pouco divulgado. Tive o prazer de conhecer pessoalmente o autor de Utopian (OWL, na qual entrevistamos há um tempo e você pode ler clicando aqui) na qual somos amigos. Também conheci o Daniel Barbosa, autor de Miguel.


Armon: Recomende alguns artistas nacionais que você goste de acompanhar.
Rafael: Se prepara! A lista é grande e peço desculpas os nomes que faltarem aqui.
Waldenis Lopes, Aline Gonçalves, Pedro Papa, Maicon Kener, Danielle Henke, Fábio Dalphorno, Gil Henrique, Milena Maria, Caio Gomides, Alexis Portugal, Daniel Barbosa, Gabriel Herison, Kathy Christ, Claudio Kun, Osmar de Carvalho, Erivaldo Fernandes, Isabela Flores, Kari Esteves, Iago Carlos, Fabiano Santos, entre muitos que não caberão aqui na lista.

Armon: Obrigado por citar artistas do nosso estúdio ali em cima! (Risos) Agora gostaríamos de saber quais são os artistas e obras que mais serviram de referência para você fazer quadrinhos. O que te inspira? O que você lê?
Rafael: Yoshiyuki Sadamoto de Neon Genesis, Evangelion, Kentaro Miura de Berserk, Norihiro Yagi de Claymore. Os traços manuais deles (Embora que, efeitos computadorizados são visto em alguns) me inspiram. Eu leio diversos HQs, mas esses que citei são que me inspiram.

Armon: Nós estamos aguardando o volume 2 de Virgin Valkyrie mas enquanto isso, nos conte um pouco dos seus planos para o futuro. Tem algum plano secreto que pode revelar com exclusividade ao estúdio? (Risos)
Rafael: Huhuahua! Eu tomo cuidado para não revelar segredos, são tudo bem arquitetados que um vazamento perde a graça na estória. Posso dizer que vão se surpreender com os Possessos. Simpatizar com a Vilã (ou odiar de vez) e shippar os protagonistas.


Armon: Se alguém quiser adquirir sua obra impressa, ainda tem exemplares à venda? Como fazer para comprar e como acompanhar seu trabalho? Deixe os links para a galera!
Rafael: Tenho poucos, ainda a venda. Basta fazer o pedido por e-mail hqvirginvalkyrie@gmail.com e enviarei o link do PagSeguro com o valor.
Enviarei assim que eu receber confiramção de pagamento.
Hoje publico on-line nas páginas:
http://heroisnopapel.com/virginvalkyrie/
https://www.smocci.com/obra.php?id_obra=1695
Recentemente abri uma fanpage no face 
https://www.facebook.com/HQ-Virgin-Valkyrie-1597421263911440/
E tenho um grupo privado no face:
https://www.facebook.com/groups/694697740596596/

Armon: Para finalizar, aquela velha e boa mensagem para quem quer lutar e ser quadrinista como nós.
Rafael: Sempre falo isso: Se não der o primeiro passo, nenhuma oportunidade virá.


***

Então é isso aí, galera! Esse foi o Rafael Morato, nosso grande parceiro de jornada por entre as entranhas do mercado independente de quadrinhos! Curtiram?
Gostaríamos de agradecer ao Rafael por estar presente nessa entrevista e desejamos muito sucesso para esse trabalho que é feito com muito amor e carinho, desde o lápis até o produto final e se eu fosse você, não deixava passar essa oportunidade de adquirir um impresso do Virgin Valkyrie pois faltam poucos para esgotar, hein!
Até a próxima!


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