Olá, aqui quem digita é Andressa Gohan e este é o primeiro texto que faço para o Estúdio. Sou funcionária pública e nos momentos que deveriam ser de descanso, uso para fazer modelagens em biscuit, desenhar, fazer roteiros e por aí vai. Sou amiga de longa data da colaboradora Cristiane Armezina e trocamos muitas ideias nessas andanças da vida.
Olha, eu realmente gosto de viajar. A
parte mais encantadora e bem sucedida em uma viagem, a meu ver, é quando comemos
até explodir aprendemos algo novo. Em
uma das paradas que fiz nas férias deste ano, tive a grande oportunidade de
visitar a linda Paraty, cidade histórica do Rio de Janeiro e entre as ruas
pedregosas, dignas de tombos épicos, eis que encontro um lindo ateliê do
artista foderoso Ricardo Inke. Eu estava muito cansada da viagem, megas
600km de motoca very hard e não pude ver melhor, mas anotei o nome e fiz
uma busca na internet e Bam!!
Olha que coisa marlinda de vê, gentyy |
Quanto trabalho lindo dele, com aquele traço meio solto, descompromissado com ligar as linhas de arte final (mesmo que para isso precise de técnica), uma aquarela suave e tons meticulosamente escolhidos... Ficaria por muitas e muitas linhas admirando, mas o que me aguçou a curiosidade foi o termo utilizado “Urban Scketchers” e fui pesquisar que raios era isso. Este foi o conceito encontrado no site http://brasil.urbansketchers.org que reúne muitos entusiastas neste estilo encantador e maiores informações de como o movimento foi criado:
“O Urban Sketchers é uma comunidade de correspondentes
que reúne pessoas do mundo todo, interessadas em produzir e compartilhar seus
desenhos de locação. Essa comunidade global inclui pintores, arquitetos,
jornalistas, publicitários, ilustradores, designers e educadores, que publicam
mais que apenas desenhos na web, compartilhando também a narrativa e as
circunstâncias em que esses desenhos foram feitos”.
A proposta é bem simples, você vai
até um lugar, escolhe algo na paisagem que te agrada e faz o desenho, sem
neuras de rascunho, arte final, régua, borracha, mesa de luz, coisas que nós
que desenhamos sabemos muito bem como funciona (puro desespero). O
bacana em tudo isso é que os representantes deste movimento marcam os encontros,
fazem uma farofão, socializam (sim isso é possível para o desenhista), cada
um com seu material (geralmente usam nanquim e aquarela, mas pode ser o que
estiver ao seu alcance), contam uma pequena estória daquela imagem, pode-se
conhecer mais sobre os pequenos achados do local em que se vive (aqui no
Espírito Santo temos tantos), enfim, um estilo bem solto e livre de cobranças
desnecessárias.
O desenho sempre é feito através do
local em que se está, não usando fotografias ou imagens na memoria, tudo pra
tornar ainda mais leve a proposta do movimento. Tudo é tema para ilustrar,
sejam portas, janelas, cadeiras com objetos pendurados, pessoas caçando
pokémons, mesa de bar, o que chamar a atenção na viagem ou encontro.
Ilustração de Marc Holmes, parente o Sherlock Holmes |
Este é do brasileiro Eduardo Bajzek |
A cada dia temos mais pessoas aderindo a este
movimento com blogs, encontros regionais, estaduais, internacionais, simpósios,
entre outros. Pessoas de muitas partes do Brasil aderiram ao movimento e postam
quase que diariamente trabalhos incríveis, resgatando pontos históricos e a
identidade nacional, além de cenas cotidianas que normalmente passariam pelos
olhos do expectador comum de forma despercebida, mas o artista consegue
transmitir para o papel.
Ah e tem livro que ensina também, que
encontrei após umas buscas só não tenho como opinar pois não tenho dinheiro
tive a oportunidade de ler, mas tem grande chance de ser muito bom, pois é o
talentoso ilustrador Felix Scheinberger (como lê esse sobrenome chessus) o autor do livro. Faz uma busca pra você ver
como ele é foda incrível (quando não são os asiáticos são os alemães,
pqp). O livro veio para o Brasil com o nome de “Aquarela para urban
sketchers”, possui 156 páginas, publicado pela Editora G.Gili, aproveitando de
toda essa popularidade do movimento.
Tudo o que é bom me deixa ainda mais pobre |
Este mês entrei em um grupo de Urban
Sketchers do meu estado, o Acre do sudeste Espírito Santo e em breve
posto sobre como foi, pois não é somente de teoria que o artista vive, não é?
Bom é isso que pude repassar para vocês e espero que tenham gostado dessa minha
estreia no estúdio Armon como colaboradora. Comentem aí pessoas.
Escreve muito bem , com senso de humor cítrico! lol @@! acre do sudeste foi foda!
ResponderExcluirbaixando o pdf do livro pq nao tenho dinheiro para compra-lo em 1,2 ,3 !
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