Fala galera!
Mais um mês que chega trazendo outro Armon Entrevista! Em breve essa seção estará completando 2 anos e já temos 20 entrevistados dentre os mais conhecidos desenhistas brasileiros e como não poderia deixar de ser, esse mês temos mais uma fera na seção: Altair Messias!
Nosso querido Altair surgiu no cenário nacional juntamente com a promissora revista Ação Magazine que trazia diversos autores de mangás brasileiros para o mercado. O rapaz foi audacioso a ponto de ilustrar uma história esportiva chamada Jairo, com o boxe como tema e conseguiu bastante destaque dentre as outras obras devido ao seu traço característico. Também é autor da história de piratas Peitarrubra que estava sendo publicada online mas infelizmente atualmente está em hiato. Sem mais enrolações, conheçam esse belíssimo trabalho.
Vamos ver a entrevista?
Estúdio Armon: Bem
vindo ao Armon Entrevista, Altair! Já estava mais do que na hora de você
figurar nessa seção, afinal o seu traço é animal! Considero você uma das
grandes revelações do quadrinho nacional. Consegue sentir isso quando cada vez
mais pessoas elogiam seu trabalho?
Altair Messias: YOo! Muito obrigado! Valeu pela oportunidade. De
fato fico feliz com a recepção positiva, é muito bacana saber que existe uma
galera acompanhando meu trabalho, acredito que é algo que motiva qualquer um
que trabalhe na área.
Armon: O que
são quadrinhos para você? Qual foi seu primeiro contato com esse mundo?
Altair: Quadrinhos para mim é uma arte de contar
histórias (Obedecendo regras e técnicas), que por meio de personagens e tramas cativa e
emociona. Meu primeiro contato foi antes de aprender a ler (Devia ter uns cinco
anos) e como a maioria dos brasileiros, foi com a Turma da Mônica, gostava de
Disney e bastante do Pequeno Ninja também. Com o passar dos tempos, a lista
aumentou e comecei a ler comics, sempre gostei mais da Marvel embora goste de
alguns títulos da DC e não muito mais tarde, com a Conrad, comecei a ler mangá
e a partir daí me aprofundar cada vez mais nesse estilo.
Armon: Como
surgiu a vontade de fazer suas próprias histórias e como elas eram?
Altair: Lembro que fui uma criança meio desatenta que
vivia no “mundo da lua”, com uns 11 anos passava horas criando personagens e
histórias, que seguia a linha de herói que salva o mundo, mas na maioria das
vezes ficavam muito ruins e eu acabava frustrado, o legal é que com o passar do
tempo usava esse material como comparativo de coisas novas que ia fazendo,
aliás, tenho esse material até hoje (Mania de não jogar nada fora XD).
Armon: Mais uma
vez, eu gostaria de falar sobre o seu traço. Poucos artistas tem sua identidade
no papel facilmente identificável, daqueles que você olha e logo sabe que
aquela arte é de tal autor e Altair Messias é um deles. Como construir um traço
forte como o seu? Surge naturalmente?
Altair: Tenho notado esse reconhecimento e me deixa
surpreso em saber que é facilmente identificado. Na verdade, nunca pensei em
construir um traço, me preocupava bastante em “não copiar” o traço de qualquer
outro autor, o que acho besteira hoje em dia. Sempre haverá influências e
quando você desencana dessas bobagens seu traço ganha personalidade, evolui e
continua sempre em constante evolução.
Armon: Você fez
parte da iniciativa Ação Magazine que surgiu há alguns anos. Era uma revista no
mesmo molde da japonesa Shounen Jump que publicaria capítulos de mangás
brasileiros, mas infelizmente acabou não tendo força o suficiente. Mesmo assim,
seu trabalho ganhou muitos fãs e visibilidade com ela. Como surgiu essa
oportunidade e quais frutos você colheu dela?
Altair: A oportunidade surgiu com o editor-chefe que já
conhecia faz algum tempo, conversávamos frequentemente, foi então que ele me
convidou para fazer parte do projeto e me colocou em contato com o roteiro que
já existia, depois com alguns testes e ajustes, eu fui oficializado como
desenhista da série. Foi uma chance única na minha vida, acredito que a maioria
das pessoas passou a conhecer meu trabalho por meio de Jairo e da Ação.
Armon: Recentemente
você começou uma nova história, postando páginas aos poucos no Facebook.
Peitarrubra é uma história sobre piratas que é outro tema bem interessante.
Fale-nos um pouco sobre esse projeto?
Altair: Peitarrubra é um projeto de 2008, que surgiu
quando estava cursando mangá na Anima-academia de arte e fui incentivado a
participar de um concurso internacional de mangá, sinceramente não esperava
ganhar nada com ela. Ano passado voltei a pensar na série, numa intenção de
querer contar o que aconteceu com o Peitarrubra e seu bando por meio de uma
webcomic, onde ia postar uma página por semana, porém não consegui cumprir essa
periodicidade por vários motivos e isso de certa forma me deixa decepcionado,
pois tenho uma pilha de rascunhos esperando para serem finalizados e não
consigo por falta de tempo.
Armon: Quais
outros trabalhos você já realizou ou está trabalhando atualmente?
Altair: Comecei como ilustrador de
livros de RPG pela editora Comic Store, lá ilustrei alguns livros, de lá passei
a trabalhar como freelancer (E continuo até hoje), passei pela Ação e
atualmente faço parte do time de ilustradores do RPG Brigada Ligeira Estelar,
fora isso, eu estou envolvido em alguns projetos que devem dar as caras pelo
ano que vem (Uma pena não poder dar detalhes).
Armon: Muitos desenhistas imprimem quadrinhos de forma independente para
vender, outros disponibilizam na internet. O que você acha, qual é o caminho
mais vantajoso hoje em dia para um quadrinista no Brasil?
Altair: Isso vai variar de autor pra autor, depende muito da
ambição de cada um, desde que seja de alguma valia (Financeira ou não) para o
autor que esteja disposto a expor sua obra por esses meios, ambos são
vantajosos ainda mais usando a internet onde você consegue atingir um número
alto de leitores em pouco tempo, e está dando certo, não é preciso procurar
muito e se encontra muitos autores bons que infelizmente não conseguem suas
obras impressas no Brasil de hoje, mas ao mesmo tempo não deixam de divulgar
seus trabalhos.
Armon: Quais
desenhistas você tem como referência para o seu trabalho? Pode citar nomes
nacionais e internacionais também.
Altair: Muita gente me influencia direta ou
indiretamente, dentre os mestres costumo citar: Eiichiro Oda, Akira Toriyama, Takehiko Inoue, Hiroaki Samura,
Lee Chang Woo,
JungGi Kim. Alguns nacionais: Roger Kruz, Edu Francisco, Erica Awano, Marcelo
Braga e por aí vai...
Armon: Sobre
histórias nacionais, costuma ler? Pode recomendar algumas que tenha lido?
Altair: Sim, me interesso bastante pelo mercado
nacional, apesar de achar muito pequeno o número de títulos vendidos em banca. Alguns
destaques: Graphic MSP, MSP 50, Henshin Mangá (Outra ótima oportunidade cedida
pela JBC), Holy Avenger, Ledd, As aventuras de Megaman (Curtia muito esse!),
Conexão Nanquim (Só aqui já tem uma porrada de séries bacanas), Tools Challenge,
Van comic, entre outros, fora que ainda
fico sapiando pela internet e encontro muita coisa bacana (Muita mesmo!),
alguns que ainda nem foram lançados.
Armon: Quem
quiser conhecer mais sobre seu trabalho, pode encontrá-lo onde?
Altair: Meu devianart: http://altmess.deviantart.com/
E também
meu facebook:
Armon: Quais
são os planos para o futuro? Tem muita coisa vindo aí? Conte-nos um pouco!
Altair: Sim, planos e projetos nunca param :), Estou
trabalhando em cima de uma série de minha autoria (Tenho algumas engavetadas e
essa é a que está me tomando mais tempo atualmente) intitulada “Saltimbancos”,
logo começo a soltar os primeiros sketches e sinopses, mas quanto ao futuro
dela ainda não sei que caminho irei tomar, tentar uma versão impressa ou ficar
na web. Fora isso, estou bastante empolgado com duas séries que participo como
ilustrador, não posso dar detalhes... Mas esperem coisa boa vindo por aí!
Armon: Para
finalizar, deixe aquele recadinho esperto para a galera que tá fazendo
quadrinhos e querendo viver o sonho de ser publicado!
Altair: Se
você pretende trabalhar com quadrinhos, primeiramente deve gostar muito do que
está fazendo, curta cada etapa, cada processo. Tenha autodisciplina e autocrítica,
procure sempre estar espalhando seu trabalho por todos os meios possíveis,
saiba filtrar comentários sobre seu trabalho (Esqueça críticas destrutivas,
você não precisa delas!) e nunca deixem de estudar seja cursos, livros,
tutoriais pela internet... Acredite, sempre irá absorver algo para melhorar sua maneira de fazer
quadrinhos, acho que é isso. :)
***
Bom, então é isso...
Para todos aqueles que leram Jairo e curtiram, ou conseguiram acompanhar as páginas de Peitarrubra no Facebook, aguardem que em breve o Altair trará muitos novidades e tenho certeza que vocês estão ansiosos para ver assim como eu.
Preciso dizer que fiquei surpreso com a cordialidade que o Altair recebeu o convite para a entrevista. Ele é um rapaz super gente boa, gentil e bastante tranquilo. Nós desejamos muito sucesso em todas as suas empreitadas!
Foi um prazer ter você como nosso entrevistado!
E aí, curtiram a entrevista? Não esqueçam de deixar o seu comentário aqui em baixo!
Até a próxima!
Sem comentarios, conheço altair a muitos anos tinhamos uma banda, vi varias vezes um risco se tornar um desenho incomparavel, vi bolinhas se tornar o mascote da nossa banda e ele fez na escada da casa dele enquanto conversavamos. Sem comparaçao, altair e realmente uma revelaçao no cenario nao acompanho muito mais sempre acompanho ele pq sei da vida dele da historia dele e do quanto ele e a esposa sofreram e batalharam pra estar onde ele esta hj. Sucesso tair black thunder forever
ResponderExcluirEsse cara é um sayajin desenha muito facilidade , técnica , e rapidez ,criatividade e ainda toca bateria kk desejo o melhor pra vc brother Black Thunder forever .
ResponderExcluirDeitou fácil ... que isso , arte pura , te desejo a toda felicidade q VC merece por transmitir a felicidade para cada fã desse seu traço único ... sucesso.
ResponderExcluirDeitou fácil ... que isso , arte pura , te desejo a toda felicidade q VC merece por transmitir a felicidade para cada fã desse seu traço único ... sucesso.
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